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COLUNISTAS 5c5dz

A gente tem que continuar 452q3r

21/04/2023 07h00 | Atualizada em 21/04/2023 08h17 | Por: Robson Sombrio

Luz entra pela casa, trânsito parado, bar com música, pessoas conversando na esquina, gente caminhando, crianças brincado, movimento intenso. Tudo em movimento. A gente tem que continuar. Diálogos, bom papo e uma boa filosofia da vida. Estava conversando com uma senhora que perdeu marido para corona vírus (quase não se fala mais nisso). Ela triste, falando que sente falta. Entendo e compreendo ela. Ninguém disse que seria fácil, ninguém disse que seria difícil. Tenho uma frase comigo da minha mãe “a gente tem que continuar”. Essa frase é muito minha mãe. A vida e constituída de muitas histórias, e finalizar uma etapa é apenas um capítulo não significa o fim. Quem disse que meu pai, minha mãe e até mesmo minha irmã teriam que estar comigo em carne e osso até esse momento.  3t1wc

A vida é prova. Todas as questões são especificas para seu crescimento. Errar faz parte, deixar a vida ar em branco que não é legal. Somos a leitura que fazemos do mundo. E podemos ler delicadezas, aceitar o espetáculo. Mas, não podemos ter falta de esperança e a ausência da fé. Quanto mais vivemos, mais eternizados ficamos. A vida vai ar e se você fica feliz quando o outro está feliz, você entendeu a vida. A poda é necessária para a planta se fortalecer e equilibrar – o luto ensina e amadurece. Ensina que existe tempo para tudo, e nem tudo tem respostas. Algumas folhas vão cair durante a vida, modificando a árvore e a espécie. Os mais fortes são aqueles que se adaptam. Algumas folhas são desnecessárias, ainda que não se saiba essa compreensão do momento. Ensina a modificar nossa essência. 

Enquanto tivermos bons pensamentos, permanecemos jovens. Penso que até o último dia de nossas vidas não descobriremos quem realmente somos. O tempo faz a poda, pode escrever são cada tesouradas, são tantas feridas, algumas não se curam, e você terá que se ajustar a uma nova forma de viver. Quem eu conversava? Foi com Dona Neide. Eu senti que ela precisava conversar, eu também estava afim de um bom papo, não imaginava que viraria um texto. E a vida é uma adaptação constante. Já perdi amigos, me separei de pessoas insubstituíveis, sofri decepções absurdas, descobri que ninguém é perfeito. Todos somos felizes, e se tivermos sorte a cada etapa sairemos melhores. O tempo melhoras as pessoas. Que saibamos perdoar, a pedir perdão e entender que o tempo leva pessoas especiais. 

A vida é muito curta e o roteiro só depende de você. É assim que a gente se mantém vivo. Decidindo ser melhor a cada dia. Se permitindo chorar, se permitindo sorrir, se autorizando a se diverti com a própria vida. Todo mundo aprende, não importa como. Ops! Vou reescrever, pois nem todo mundo aprende. Não importa quantos tombos leve. Precisamos compreender que com esforço, empenho e fé somos igualmente capazes de cruzar a linha de chegada. Para depois então relaxar, porque aprendemos a viver a saber que nem todos os dias estaremos bem, mas precisamos levantar e confiar no nosso Deus, no nosso taco.

Exigência da felicidade 151p60

14/04/2023 08h15 | Atualizada em 14/04/2023 08h16 | Por: Robson Sombrio

Dias de outono, logo virá próxima estação. Saímos do verão e ainda não estamos prontos para o inverno. Exigência da felicidade está se tornando a causa da nossa infelicidade. Porque vivemos esperando, buscando, desejando e esquecemos de usufruir, de viver o presente. Da paz acolhedora de um dia, essa que nos reconcilia com a vida e suas possibilidades. Do trânsito parado, das contas a receber, das contas a pagar. Mas, também de ver um gol do filho na escolinha de futebol, do pôr do sol visto da janela de casa, do beijo de boa noite, do fim de semana na praia, no sítio, com chuva ou com sol, do abraço acolhedor. Como diz a música Jota Quest, “vivemos esperando dias melhores”. E esquecemos das conquistas diárias, aquilo que é possível – “só isso”. 

A vida não é um presente de grife, embrulhado em um papel bem bonito e especial. Nem laço é de cetim. A vida é um presente gratuito, com cheirinho de mãe de um pai, com um cheirinho familiar. A vida é imperfeita. Nós somos imperfeitos. Quando deixamos de nos iludir com a grama do vizinho e tanta propaganda enganosa, finalmente vivemos melhores e amamos mais. Nossos dias são cheios de altos e baixos, nossos afetos, nem sempre perfeitos. Afetos são conquistados, não são perfeitos. Nosso trabalho, por vezes estressante e cansativo, nossa realidade tão imperfeita e particular. Sofremos porque imaginamos a vida como algo que não temos. Sem querer, desprezamos nossas conquistas. Imaginamos um pote de ouro, além do arco-íris. Eu estou lembrando do nosso delicioso feijão com arroz.  

Estar vivo e estar em movimento. O que dá sentido não é o fim, e sim o percurso, imperfeito e simples. Enquanto vivermos de expectativas, sempre haverá a possibilidade de nos frustramos. Mas, isso também é uma escolha, uma opção. A maioria dos dias são comuns, familiares. Claro que temos dias com fortes emoções, músicas com inícios e finais felizes. O que não podemos é nos deixar de se apaixonar por aquilo que é. Aquilo que simplesmente é. Não vamos deixar a exigência da felicidade tornar a causa da nossa infelicidade. Tudo é tão simples, tudo é tão bom. Pausas são necessárias, e uma hora você irá perceber que foi importante ter o freio puxado, o caminho desviado. Se perdoe por ter sido menos entendido, menos amado do que gostaria. Por fim, tenho que terminar esse texto. Vou fazer uma pausa e buscar um café. Logo, terminarei mais um texto, degustarei meu café. Podemos querer muita coisa, mas nada garante que será nossa. Podemos desejar muito um momento, nada garante que será possível. A perfeição dos dias, dos acontecimentos, não nos pertence. Tudo faz parte de uma composição maior, na qual estamos inseridos, como pensamentos coloridos. Temos intenções, supomos nossas escolhas e direções, mas o final pode ser diferente do que imaginamos.   
 

Posso várias coisas 556122

06/04/2023 08h13 | Atualizada em 06/04/2023 08h13 | Por: Robson Sombrio

Posso várias coisas, nem todas difíceis, mas não posso tudo. Esse é o drama. Na verdade, existe o incontrolável. O que não posso evitar. Outra parte é o que nós escolhemos. Acredito que somos em partes nossas escolhas. O resto é destino, a sorte ou o azar. Essa é a parte complicada, porque aceitar que podemos tomar decisões significa assumir alguma responsabilidade. Tão bom se os outros decidem e a gente apenas segue feito cordeiro. Mas sim, temos escolhas. Podemos tentar controlar um pouco. Posso ser mais humano, mais delicado, menos preconceituoso, mais gentil, olhar, abraçar, aplaudir, elogiar aqui e a ali. Partilhar sorrisos e gargalhadas, confortar nas horas difíceis, dar colo e ombro. Isto é ver algo além de mim. 

Com o tempo, a maturidade, a experiência e alguma ousadia, fui simplificando várias coisas. Com algumas é difícil. Alguém liga e manda mensagem – escreva sobre isso, ou exigindo um artigo no jornal. Livre, eu pelo menos preciso estar livre para escrever. Sou feliz com as horas no computador, lendo algum livro, ou olhando a paisagem de onde vem muita informação. Aquela frase, aquela palavra, a gente sempre pode se ajudar, se corrigir, se pegar no colo e se agradar um pouco. Não vamos ser aquela extrema chatice que só resmunga, só lamenta. Vamos caprichar na escola, no trabalho ser mais interessado, vamos ouvir boas músicas, vamos deixar que nossa mente se abra para o mundo. Posso várias coisas, nem todas difíceis. 

Podemos também não poder. Podemos não magoar a pessoa que nos ama, podemos ajudar uma velhinha a atravessar a rua, podemos não nos matar de bebida e droga. Podemos pedir ajuda e construir uma família. Alguém me pergunta se concordo com a teoria de que tudo está predeterminado em nossa vida. Discordo e concordo. Talvez seja meio a meio. Parte é determinada pela família que nascemos, amorosa, fria, violenta ou calma, otimista, pessimista. Bom em matemática ou em português, ou nos dois. Corajoso, tímido. Mil detalhes que formam e constitui um ser humano. E que nem sempre podemos mudar. A outra parte são as nossas escolhas, somos em partes nossas escolhas. O resto é destino. De verdade, não posso esquecer. Existe o incontrolável. Por fim, o que eu e você temos a oferecer? Quantas chances a gente perde? Talvez a sua jornada agora seja só sobre você. E que na verdade, não tem nada perdido, é só a vida te apresentando uma nova possibilidade pra você encarar e seguir em frente. Uma das coisas que mais aprendi foi a importância de assumir a responsabilidade das minhas escolhas, das minhas atitudes e dos meus erros. Quando você aceita que a culpa foi sua, você consegue segurar a própria mão e ir em busca de uma versão melhor. 
 

No meu lugar 2l4m69

31/03/2023 08h21 | Atualizada em 31/03/2023 08h23 | Por: Robson Sombrio

Sobre escrever e ter sentido o que se escreve. Agora é o momento de você ficar com você. Ler é divertir-se. Eu escrevo sobre afeto, atenção e emoção. Respeito o que eu sinto. A intenção é direcionar todo meu sentimento para o papel. Para pessoas que têm o interesse de receber. Eu não estou culpando a sua preguiça de ler (não podemos generalizar) e sua falta de atenção com a arte, com as palavras escritas. Talvez seja o momento para você parar e respirar, sabe? Talvez seja o momento para SENTIR. Para priorizar aquilo que você sempre quis fazer, seus planos, seus projetos pessoais. Nesse texto, é só a vida te mostrando uma nova possibilidade pra você seguir em frente. 


Escuto a música In My Place, Coldplay. Um dos melhores show da vida. Já fui, e acompanhei a galera do Brasil inteiro nos shows. Recebi vídeo ao vivo de alguns amigos. Toda essa ânsia de viver e ver as pessoas vivendo, pessoas desbravando o mundo, conhecendo lugares, pessoas, músicas com significados interessantes. Eu aqui compartilho o meu com você. Toda essa vontade que cresce a cada minuto. Toda essa vontade que tô sentindo em entregar nas tuas mãos o que eu guardo comigo... as palavras escritas te convidam pra gente estimular essa energia em forma de afeto, toda essa potência que eu sinto no meu coração, no meu peito, eu queria que você sentisse o mesmo. 


Eu sei, talvez eu queira demais, o Brasil é um país que lê pouco. E, diante disso, preciso recolher tudo. Semana ada, meu texto ganhou o estado de Santa Catarina, criou asas e fiquei bem feliz. Talvez porque tenha trazido ocasiões um pouco mais fortes, lembrando das emoções de um jogo de futebol. Por isso que escrevo... eu só quero destinar tudo de lindo que eu tô sentindo pra alguém que realmente tenha interesse em receber. Eu sempre falo o que sinto, aprendi isso na terapia, expressar o que se sente. Eu falo mesmo e mando mensagem. Eu gosto a qualquer hora do dia e da semana. Eu escrevo e, algumas vezes, recebo retorno de volta. 


Por fim, existem pessoas boas no mundo, gente como a gente que merece a nossa atenção e nossos sentimentos. Dizer o que se sente é perceber que o mundo importa sim. Eu sei, fomos ensinados a “não” sentir. Hoje eu sinto saudades de mim, não do outro. Quando você sabe ser você por inteiro, você se sente mais leve e livre pra expor o que sente. Isso deve ser um exercício diário. Nem sempre é fácil. In My Place, no meu lugar...
 

Afeto, emoção e carinho 475g2l

24/03/2023 08h18 | Atualizada em 24/03/2023 08h19 | Por: Robson Sombrio

Simplesmente histórica e uma noite absurda. Um jogo de futebol (não somente esse esporte) traz as relações humanas, as emoções das pessoas, as expressões e as posturas dos jogadores, torcedores e todos envolvidos. A gente é feliz jogando futebol e assistindo jogos. Nesse caso, Criciúma e Avaí valendo vaga na semifinal. Eu gosto de ganhar, quem não gosta? Somos da região Sul, estado de Santa Catarina, respeito quem torce para Flamengo, Vasco e outros times. Mas, você já foi um jogo do Criciúma nos últimos anos? Aumenta o volume e aprecie a torcida. Leva teu filho, tira ele e você um pouco do celular. Esporte traz afeto, emoção e carinho. 

Heitor entrou em campo de mãos dadas com Felipe Mateus, era uma emoção pura de pai para filho. Um dia antes, um dia depois. São momentos eternizados na memória de uma criança. 15 mil pessoas lá. E meu filho, e mais dois amigos dele, Davi e o Vicente em campo, escutando em alto e bom som o barulho da torcida. Felipe Mateus camisa 7, pega na mão de meu filho e pergunta: “Qual teu nome? Gosta de jogar futebol? Que posição joga?”. Uma atenção ímpar. Que educação, Felipe, em um momento de pura tensão e você com a atenção em alguns segundos com meu filho de 9 anos. Lembranças mais significantes na vida de uma criança. Gratidão. 

Um jogo, com penalidades no final, histórica. Nem tudo é perfeito, e num jogo de futebol a gente descobre a inocência de ser feliz sem se culpar por isso. O esporte serve como um alívio da mente. Viver exige coragem, a vida é assim, esquenta e esfria, aperta e afrouxa, sossega e depois desinquieta. Esporte e educação. A gente acorda de manhã, com o propósito de vencer e ser feliz, mas a gente depende do que está lá fora e de quem caminha conosco para que a felicidade seja completa. A vida não é um roteiro programado. A nossa vida amos a limpo todos os dias. Num gesto simbólico eu escrevi esse texto, vou tentar que chegue ao Felipe. Depois das penalidades, estou fazendo as pazes com a alegria, não aquela misturada com euforia. Sorria para si, a vida é o que acontece fora das quatros linhas, aceite os erros de e, chutes para fora do gol. A vida reserva presentes inesperados pelo caminho. Obrigado aos jogadores do Criciúma Esporte Clube por tanta dedicação, à torcida Os Tigres, vocês são foda, trouxeram vida pra nossas vidas. Vamos até o fim, vamos em busca da taça.    
 

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